E AQUI FICAM NOSSAS PALAVRAS LAVADAS, PARA QUE SE SEQUEM DE NOSSOS SENTIMENTOS.

domingo, 21 de outubro de 2007

Eram apenas 6 horas da manhã de sexta. Arregalou os olhos e em um surto de medo quiz se certificar de que ele ainda estava ali.
Alívio. Estava ao lado da mesma maneira como antes de fechar os olhos, e adormecer.
Era medo de perder, de trocar, de não satisfazer.
O relógio tocou interrompendo a cena. Ela o observava dormindo angelical.
Fingiu estar num sonho profundo quando ele se deu conta de que horas eram. Afinal, orgulhosa que só, não demonstraria que estava ali, com olhares famintos de amor.
Ele levanta, calça havaiana branca, abre a janela.
Dá-lhe um beijo na testa, passa os dedos entre os fios longos do cabelo preto.
Bom dia! Já esta na hora, tenho viagens a fazer. Preciso ir.
Ainda na cama ela faz cara de quem quer que o mundo desligue. Levanta, calça havaiana lilás, abraça-o forte e diz:
Boa Sorte, volte logo.

Ele não voltou. Azar, ela também não.
Eram apenas 6 horas da manhã. Acorda, olha para lado.
Esfregam os olhos já molhados de saudade.
Droga!
...
Amanhã é segunda, pequena! Chama a mãe, a tia e a vó.
Põe mais um prato na mesa e faz pudim
Porque eu to voltando!


“A vida é regida por uma série de fatores que não cabem a nós, e são poucas as escolhas que podemos fazer.”

Um comentário:

Angela Tavares disse...

Esquecer para não lembrar - por enquanto.