E AQUI FICAM NOSSAS PALAVRAS LAVADAS, PARA QUE SE SEQUEM DE NOSSOS SENTIMENTOS.

sábado, 8 de setembro de 2007

Shoah – Império da Insanidade


O que dizer da criança quieta, de expressão tímida, e que quando jovem despertou vocação ao celibato? Nada, indiferente. Só que a indiferença fez toda a diferença, em meados do século XX, no contexto da Segunda Guerra Mundial.

A criança constituiu-se homem, de influência política, chanceler, contracenando num Império, o terceiro, que cultivava características extremamente peculiares. Sua mente rodopiava em idéias, calculismo, burocracia e fanatismo. O clima de tensão no Reich alimentava sua paranóia e a vaidade de sua raça: a ariana, pura e superior.

Enfim, o cargo de chefe de Estado foi-lhe concedido com a morte de Hidenburg, até então presidente do Império. Foi seu momento de maior euforia. Um império que seria só seu, perfeito, sublime. Mas, para isso, continuou o que Hidenburg planejava só que mais rápido, em pouco tempo. Era preciso eliminar as Mazelas da sociedade, todos os Problemas que assolavam o andamento do Império e que inibiam a potência do mesmo: judeus, negros, meio judeus, ciganos, essas culturas inferiores.

Primeiro passo, do boicote econômico à represália cultural. As lojas judias eram pichadas com a estrela-de-davi junto com a palavra Jude. Os judeus não podiam mais prestar serviços públicos, autônomos ou exercer profissões. Não podiam praticar esportes e fazer cultos. Sinagogas foram destruídas, e a literatura queimada. Não serviam para nada em todos os aspectos, como uma pedra no sapato da nação.

Segundo passo, fechamento do círculo: o prenúncio da catástrofe. Se essas pessoas são inúteis, o que fazer com elas? Uma rede de cadeias especiais estava formando-se, e todos esses judeus eram levados até esses locais por meio de ferrovias também especiais. Nessas cadeias, ou melhor, campos de concentração, os judeus trabalhavam até “morrerem” e se não morriam padeciam de doenças, supervisionados por médicos que adoravam fazer experimentos, ainda mais com cobaias vivas e humanas. Ao mesmo tempo, o Imperador autorizava a prática de eutanásia em deficientes físicos, doentes e mesmo crianças.

Terceiro passo, o extermínio como Solução Final. As cadeias estavam ficando saturadas, então, inicialmente, os prisioneiros ficaram à mercê de uma seleção natural, os que resistissem à morte seriam tratados como tal. Com isso, em 1942, surgiu, definitivamente, o termo Endlösung, de Reinhard Heydrich, que banhou cerca de 11 milhões de judeus com monóxido de carbono e Cyclon B, principalmente na cadeia especial de Aushiwitz-Birkenau. Como os corpos iam acumulando-se numerosamente, foram criados crematórios de intenso funcionamento, entregando os corpos dos judeus às chamas do mesmo jeito que vieram ao mundo: nus e sem os dentes de ouro.

E a Solução Final estendeu-se por todo o Império ariano até começar a ser exposta pela mídia internacional. O castelo de areia daquela criança tímida foi perdendo-se grão a grão. Ministros, conselheiros, médicos, militares e assistentes de seu Império foram julgados e condenados. Em fevereiro de 2000, Johannes Rau, presidente alemão na época, declarou:

“Peço perdão pelo que os alemães fizeram, por minha geração, pela dos meus filhos e a dos filhos dos meus filhos, que eu gostaria de ver no futuro mantendo boas relações com os filhos de Israel.”


Adolf Hitler suicidou sem pedir perdão.

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